O presidente da Emater/RS, Geraldo Sandri, apresentou, na manhã desta quinta-feira (12) o fluxo financeiro da empresa para os deputados que compõem a Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo. A Comissão é presidida pelo deputado Adolfo Brito (PP), que conduziu os trabalhos.
Sandri explicou que a Emater/Ascar é dependente de recursos estaduais e o orçamento e o caixa são previsões projetadas. Ele apresentou um fluxo de caixa e comparativo entre 2015 e 2020. Conforme o presidente, no período, apenas em 2018 a empresa não teve saldo negativo. Outro ponto destacado por Sandri é a diminuição de recursos originários dos governos federal e estadual. Em 2020, o governo federal orçou recursos na ordem de R$ 6,6 milhões, enquanto que em 2015 entraram no caixa da Emater, por esta origem, cerca de R$ 37 milhões.
Sobre as ações de gestão, Geraldo Sandri disse que desde maio do ano passado estão sendo implementadas ações como o gerenciamento matricial de custos e receitas, bloqueio da utilização de cargos em comissão, retorno de empregados em licença, cobrança da inadimplência dos municípios, propostas de equalização das dívidas trabalhistas (cerca de 194 milhões em fase de execução).
Entre as ações de governança, o presidente Sandri afirmou que estão sendo executadas avaliação de desempenho, programa de capacitação, planejamento estratégico de atuação no campo, reformas, código de ética, estudos sobre concurso público, rastreabilidade veicular.
Manifestações O deputado Elton Weber (PSB) apontou a falta de recursos federais para a extensão rural gaúcha como um alvo a ser alcançado. Ele propôs que a Comissão de Agricultura informe a bancada federal deste cenário. “Isto é um fato: o total descaso de aporte de recursos por parte do governo federal”, declarou. O deputado também sugeriu que Assembleia reforce o orçamento da Emater.
O deputado Pararico Bacchi (PL) disse que a Emater é um patrimônio dos gaúchos. Ele concordou com o deputado Elton Weber em apontar a falta de recursos do governo federal como um dos maiores problemas da empresa. Observou ainda que há um crescimento das ações trabalhistas contra a Emater.
A deputada Zilá Breitenbach (PSDB) considerou que após a apresentação do presidente da Emater o problema ficou claro, e concordou com a busca de recursos federais. Ela registrou que o foco da Emater deve ser no trabalho junto ao agricultor. "O agricultor precisa de motivação. Sem acompanhamento técnico o produtor rural abandona os projetos propostos", afirmou.
O deputado Adolfo Brito (PP), presidente da Comissão, reforçou que a empresa tem a missão de focar no trabalho de campo e executar a política pública indicada pelas prefeituras.
O deputado Zé Nunes (PT) defendeu a Emater com foco na promoção do desenvolvimento das comunidades, e lembrou que a agricultura familiar corresponde a 27% do PIB do RS. "O estado não tem mais política para a agricultura familiar", criticou, ao condenar a extinção da Secretaria do Desenvolvimento Rural (SDR) pelo atual governo. O parlamentar exigiu uma definição sobre o futuro da Emater. "Precisamos saber, se após junho, continuarão os convênios da empresa com o governo do Estado".
Também se manifestaram o presidente do conselho da empresa, Erni Teixeira e a presidente da Associação dos Servidores da Ascar/Emater (ASAE), Isolete Bacca.
Presenças Participaram da reunião a deputada Zilá Breitenbach (PSDB) e os deputados Vilmar Zanchin (MDB), Zé Nunes (PT), Dr. Thiago Duarte (DEM), Paparico Bacchi (PL), Neri, o Carteiro (Solidariedade); o presidente da Emater, Geraldo Sandri, o presidente do conselho da Emater, Erni Teixeira, o diretor técnico Alencar Paulo Rugeri, o diretor administrativo Vanderlan Carvalho de Vasconselos, a presidente da Associação dos Servidores da Ascar/Emater (ASAE), Isolete Bacca.
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